Vestindo uma camiseta azul com a mensagem “Salve a Ucrânia” e “Respeito pelas mulheres iranianas”, Mario Ferri foi abordado por seguranças na partida entre Portugal e Uruguai
Por: CNN
O manifestante que entrou em campo durante o jogo da Copa do Mundo entre Portugal e Uruguai segurando uma bandeira do arco-íris disse, à Reuters que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, interveio para garantir que ele fosse libertado pelas autoridades do Catar.
Vestindo uma camiseta azul com a mensagem “Salve a Ucrânia” na frente e “Respeito pelas mulheres iranianas” nas costas, Mario Ferri, que atende pelo apelido de Falco, foi abordado por seguranças.
“Gianni Infantino é inteligente, Falco está livre, sem problemas no Catar”, explicou ele em entrevista
O homem de 35 anos disse que achava que Infantino, nascido na Suíça e filho de imigrantes italianos, queria evitar um incidente diplomático ou cobertura negativa da mídia, então ele interveio para libertá-lo.
“Os policiais do Catar são muito senhores, muito simpáticos, me perguntaram se eu queria água, café, um croissant. Muito simpáticos”, disse.
Ferri disse que ficou sob custódia por cerca de meia hora quando o presidente da Fifa apareceu.
“Depois que entreguei meus documentos pessoais à polícia, fiquei esperando e, em 30 minutos, Gianni Infantino, o presidente da Fifa, veio me ajudar”, explicou.
Invasões Anteriores
Ferri disse que Infantino o reconheceu de invasões de campo anteriores, das quais ele afirma ter feito onze no total, inclusive nas Copas do Mundo de 2010 e 2014.
“Ele me perguntou: ‘Por quê? O Catar é muito perigoso para você, mas tenho um plano para ajudá-lo’. Ele foi falar com pessoas importantes da polícia do Catar e em 30 minutos estou livre. Estou livre, fora do estádio.”
Ferri revelou que passou um mês como trabalhador humanitário na capital ucraniana, Kiev, em março deste ano, e isso teve um efeito sobre ele.
“Lembro-me de tudo, lembro-me das crianças a escaparem das suas casas, das velhinhas e dos velhinhos que não tinham casa, comida ou água. É muito importante para mim parar a guerra”, disse.
Ferri deixou o Catar e diz que vai continuar com seus protestos.
“Estou sempre tentando lutar por um novo mundo, não quero guerra no mundo. Quero paz no mundo”, disse ele.