A Copa do Mundo é o evento que promove uma grande festa entre os povos e um turbilhão de emoções. Dentro dessa mistura causada pelo principal confronto de seleções do planeta, não é incomum ver histórias um tanto quanto inusitadas acontecerem, desde episódios que mudaram para sempre o esporte até situações totalmente únicas.
A INVENÇÃO DOS CARTÕES
O ‘estopim’ para criação dos cartões no futebol aconteceu em uma Copa do Mundo. Em 1966, em uma partida entre Inglaterra e Argentina, válida pelas quartas de final da competição.
Em dado momento do jogo, Antonio Rattin, capitão argentino, foi contestar a marcação de uma falta e, como o árbitro não falava espanhol, acabou interpretando a manifestação de forma ofensiva e ordenou a expulsão do jogador usando o dedo indicador.
A atitude gerou uma confusão no gramado e acabou tendo que ser controlada pelo inglês Ken Aston, responsável dos juízes na Copa. No final do confronto, os argentinos foram tirar satisfação com o árbitro, enquanto os ingleses comemoravam a classificação.
Após o jogo, Ken Aston pensou em uma maneira para coibir esses problemas de comunicação. Com isso, surgiu a ideia de utilizar cartões inspirados nas leis de trânsito, pois todos países participantes do torneio compreendiam o significado das cores. O amarelo e o vermelho foram usados pela primeira vez na Copa de 1970, realizada no México, e a utilização foi considerada um sucesso, sendo acatada permanentemente pelo esporte.
A PARTIDA MAIS VIOLENTA DA HISTÓRIA DAS COPAS
Durante a Copa de 2006, na Alemanha, houve um jogo que ficou conhecido como o ‘mais violento da história das Copas do Mundo’. Em disputa válida pelas oitavas da competição, Portugal e Holanda, com jogadores estrelados como Cristiano Ronaldo, Figo, Van Persie e Robben, decidiam quem iria prosseguir no torneio. Entretanto, uma verdadeira pancadaria ofuscou o jogo, resultando num total de 16 cartões distribuídos: 12 amarelos e quatro vermelhos. Entradas duras, cabeçadas, pontapés e até briga entre as comissões técnicas aconteceram.
Com gol de Maniche, em um placar magro de 1 a 0, Portugal venceu a Holanda e prosseguiu na competição, que terminou na 4ª colocação para a seleção lusitana. O jogo violento entre as duas seleções recebeu, posteriormente, o nome de ‘Batalha de Nuremberg’ – referência à cidade do local da disputa .
O CACHORRO QUE SALVOU A COPA
Um pouco antes da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, a taça Jules Rimet foi roubada em um evento de demonstração do troféu para o público. Todavia, foi encontrada dias depois por um cachorro da raça Collie, que se chamava Pickles.
O cão e seu dono, David Corbett, passeavam, em Londres, quando Pickles farejou um objeto em um arbusto. David pegou o artefato que estava totalmente envolto por jornais e identificou o valioso troféu. Logo após, entrou em contato com as autoridades e devolveu a Jules Rimet.
Pickles foi homenageado e tratado como herói, pois alcançou um feito que nem mesmo a polícia londrina, conhecida como Scotland Yard, conseguiu.
Por: Uol