Dia 13 de agosto de 2024, 22h25. Este foi o momento em que o programa Estrela da Casa finalmente estreou na TV Globo, com a apresentação da maravilhosa Ana Clara e com a promessa de unir os fãs de reality de confinamento e de batalhas musicais, guardando inclusive muitas semelhanças com o Big Brother Brasil.
Os participantes vão ficar confinados em uma casa vigiada 24 horas por dia, além de enfrentar provas que vão muito além das habilidades musicais. Um dos participantes vai ser a Estrela da Semana, com direitos e deveres bastantes parecidos com a do líder. Ele vai ganhar imunidade e ser responsável por indicar duas pessoas para a Batalha musical, que será como Bate-e-volta. Uma “prova raiz” vai definir às quintas-feiras quem é o novo líder da semana, com dinâmicas que exigem sorte, habilidade ou até mesmo resistência, com provas gigantescas, segundo o diretor Boninho e o site Notícias da TV.
Ao todo, 14 participantes vão disputar a preferência do público ao longo de um mês e meio de reality show, cujos prêmios serão 500 mil reais, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de carreira e a oportunidade de ter uma música na trilha sonora de uma novela da Globo.
Na dinâmica da competição, teremos também o Hitmaker, que será o participante que foi mais ouvido ao longo da semana nas plataformas de streaming. A cada quarta-feira, os competidores lançam uma música nova. Quem sair na frente no número de execuções ganha o direito de se apresentar no festival do programa. Já a estrela da semana será quem vence a “Prova da Estrela”, uma dinâmica de duas etapas que imita a Prova do Líder do BBB. O vencedor vira a “Estrela da Semana”, que ganha o direito de cantar no “Festival”, fica imune e indica dois competidores para a “Batalha”.
A disputa para ser o Dono do palco acontecerá todo sábado e será quem vencer a última prova da semana, semelhante ao Anjo do BBB, ganhando imunidade, canta no “Festival” e indica um participante direto para a “Batalha”. Já o duelo é a prova que pode salvar um dos dois participantes indicados para a “Batalha” pela “Estrela da Semana”, que é como se fosse o vencedor da Prova do Líder do BBB, Cada um apresenta uma música, aquele que receber mais votos se salva e o outro vai direto para a “Batalha”, que será o paredão do BBB, isto é, todo domingo, a decisão final de cada semana, disputada por três participantes: o perdedor do “Duelo”, o indicado pelo “Dono do Palco” e o participante que for mais votado pela casa. Os três precisam batalhar pela preferência do público para tentar permanecer no jogo e o voto é para ficar, com o menos votado deixando o reality.
Já o Festival é para quem está na “Batalha” (ou seja, no Paredão), canta a música da semana e acontece toda terça-feira. Ele é decisivo para o trio de participantes da “Batalha”, que corre risco de eliminação: para eles, a apresentação é a última chance de conquistar o público antes do resultado da votação. O “Hitmaker”, a “Estrela da Semana” e o “Dono do Palco” também se apresentam.
Inicialmente, as regras parecem bem confusas, mas depois de estudá-las por algum tempo, consegui captar a essência do reality. O problema é que não podemos contar que o público terá tempo suficiente para pesquisar mais informações sobre as regras do programa e a produção precisa ter ciência disso, para explicá-las de formas mais dinâmica e objetiva, à fim de não afastar a audiência e a repercussão das redes sociais.
Apesar de louvar a iniciativa da equipe em ter a diversidade como principal pilar da competição, me deu a impressão de que algumas personas foram mal escaladas e trazem uma previsibilidade que não é boa no programa, pois um reality também é feito de muitas surpresas. Agora, quem realmente roubou a cena e mostrou ser a grande estrela foi a Ana Clara, participante do BBB 2018 e que recebeu uma oportunidade para ser apresentadora na maior emissora do país. Ana mostra ter domínio da atração e de suas regras e interage com os participante de uma forma muito fluida e dinâmica, mostrando que sabe dominar o comando do reality e me prendendo do início ao fim, isto é, aproximando o público do projeto e fazendo com que sintamos parte dele. Se a Globo investir tempo e dinheiro e souber aproveitá-la da melhor forma, Ana Clara pode se tornar uma das maiores apresentadoras do país.
O saldo final para mim da estreia de “Estrela da Casa” é positivo, com um potencial para crescimento entre o público. O que a Globo não pode deixar de se atentar é em tornar a dinâmica mais agradável e principalmente, mais musical, para que não caiamos na saturação de um dos formatos mais bem-sucedidos da emissora: o de reality de convivência.
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