Como um bom amante de música, sempre me animo quando bandas e cantores que curto lançam novos projetos, renovando seu projeto e surpreendendo a sua base já fiel de fãs. Seguindo essa linha, quando soube que os meninos do Jota Quest iriam lançar músicas inéditas, através do primeiro volume de um novo álbum, já fiquei animado para conferir como seriam as novas canções.
E me surpreendi com o “De Volta Ao Novo – Volume 1”, um projeto que mostra o que a banda sabe fazer de melhor: um groove fantástico e a melhor mistura de rock, pop e soul. O álbum já inicia com “N-U-M-A-B-O-A””, música que lembra muito o hit “Mandou Bem”, o que não é um demérito. Pelo contrário, é uma ótima porta de entrada e opção para playlists em festas, com uma ótima batida e excelente linha de baixo do grande PJ.
A faixa seguinte é a única música que não curti do álbum. “Loco-Loco” traz uma essência jovial um tanto imatura e apresenta uma certa despreocupação em desenvolver uma melodia que estabelecesse uma conexão com as demais faixas do álbum. Porém, logo em seguida, escuto as melhores canções do projeto: “De Volta Ao Novo” (faixa-título) traz uma vibe postiva que o Jota consegue trazer (gosto muito da guitarra do Marco Túlio no arranjo) e “O Último Beijo” é uma balada maravilhosa, que há muito tempo não escutava algo parecido (o início com voz e violão e depois a sua crescente é algo muito gostoso de ouvir).
O Dueto de Rogério Flausino com Herbert Vianna (“Fique Bem”) também foi uma decisão muito bem acertada e a dobradinha de “Seguindo Meu Flow” (com Nairo, em uma vibe bem hip-hop) e “Só O Amor Liberta” (lembrando muito “Daqui Só Se Leva O Amor”, minha música favorita da banda), mostra que este álbum teve muitos mais acertos do que erros.
“De Volta Ao Novo – Volume 1” também tem duas vinhetas instrumentais bem interessantes e o resultado final foi bem satisfatório, apesar de achar que o Jota Quest pode ir muito além, pois quando se escuta música, percebemos que o potencial da banda é para encontrar alguém que esqueça das dores do mundo.
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