Para que você iria ao cinema? Para se emocionar? Para rir? Para dar boas risadas? Ou para refletir? Se a sua resposta for um pouco de tudo isso, o filme mais recente lançado e produzido pela Disney PIXAR é a melhor alternativa para quem quer vivenciar uma ótima experiência cinematográfica.
Divertidamente 2 consegue ser ainda melhor do que o primeiro filme (que já é por si só inovador) e mostra, em um salto temporal, a personagem Riley se encontrando mais velha, passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções que prometem dificultar o trabalho de todos que querem auxiliar o crescimento de Riley e precisarão lidar com os desafios emocionais da juventude.
Achava que seria difícil superarem o primeiro filme, que apresenta um roteiro bem construído e que consegue apresentar um tema um tanto quanto complexo de forma lúdica e objetiva. Porém, para a minha surpresa, Divertidamente 2 surpreende na emoção e na qualidade da emoção, ao expandir o universo das emoções humanas para um novo estágio, que traz desafios maiores e mais profundos com a chegada da adolescência.
Frustração, tédio, ansiedade e vergonha. Todas estas novas emoções e sentimentos são introduzidos ao universo da história de forma muito bem assertiva e sem causar um estranhamento ao público mais novo. Inclusive, este é o ponto alto do longa, pois consegue cativar atenção do público mais novo e do público mais velho, ao tratar de um tema universal e necessário para todos, a saúde mental, e tudo isso é tratado sem soar didático demais ou cansativo. Pelo contrário, cria situações coerentes com a realidade para sustentar quase duas horas de longa, com viradas e conflitos que fazem com que não pisquemos os olhos por um segundo sequer.
Também precisamos parabenizar o trabalho irretocável realizado pela equipe de dublagem. Otaviano Costa (medo), Dani Calabresa (Nojinho), Miá Mello (Alegria), Katiuscia Canoro (Tristeza), Gaby Milani (Inveja), Fernando Mendonça (Vergonha), a incrível Tatá Werneck (ansiedade) e o grande Léo Jaime (raiva, o melhor personagem), conseguem inserir suas digitais em todas as cenas e a veracidade é tamanha que a impressão que nos dá é de estarmos assistindo um filme com atores reais.
Claro que não darei spoilers para quem ainda assistirá o longa, mas garanto a todos vocês que o clímax final de “Divertida Mente 2” faz muitos desidratarem de chorar, tamanha à sua intensidade, e ao mesmo tempo delicadeza, em falar sobre uma temática comum a qualquer ser humano: o equilíbrio de nossas emoções e a aceitação de nossas imperfeições.
É por isso que digo que quem assiste não irá se arrepender, não é à toa que o longa é a segunda maior bilheteria da história do Brasil. e Divertida Mente 2 é verdadeiramente uma poesia em forma de filme.
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