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Medicamento experimental é capaz de retardar progressão do Alzheimer em estágio inicial, diz farmacêutica

Taxa de sucesso foi de 60% quando o tratamento foi iniciado quando os sintomas eram leves

Por: CNN

A farmacêutica Eli Lilly afirmou que um medicamento experimental chamado donanemabe mostrou-se capaz de retardar a progressão de problemas de memória e cognição em cerca de um terço de pacientes com Alzheimer, mas essa taxa dobra para 60% se o tratamento for iniciado quando os sintomas são leves.

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Os dados foram extraídos de ensaios clínicos, apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Amsterdã, no mais recente avanço promissor para o tratamento da forma mais comum de demência.

Ainda segundo a empresa, idealmente, ele deve ser aplicado antes de desenvolverem os sintomas da doença, disseram pesquisadores nesta segunda-feira (17).

A análise completa do estudo, que envolveu mais de 1.700 pacientes, mostrou que os resultados foram menos robustos para pacientes mais idosos, em estágios mais avançados, bem como para aqueles com níveis mais altos de uma proteína chamada tau, que está relacionada à progressão da doença de Alzheimer.

As descobertas enfatizam que “a detecção e o diagnóstico mais precoces podem realmente mudar a trajetória dessa doença”, pontuou Anne White, presidente de neurociência da Lilly.

A Lilly espera que a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos decida até o final deste ano se aprova o donanemabe.

A empresa informou que os processos de submissão a outros órgãos reguladores globais estão em andamento e a maioria será concluída até o final do ano.

Assim como o recém-aprovado leqembi, da Eisai e Biogen, o donanemabe é um anticorpo intravenoso projetado para remover os depósitos de uma proteína chamada beta amiloide do cérebro de pacientes com Alzheimer.

“Esses resultados fornecem uma confirmação adicional de que a remoção do amiloide do cérebro pode alterar o curso do Alzheimer e pode ajudar as pessoas afetadas por essa doença devastadora se forem tratadas no momento certo”, disse a Dra. Susan Kohlhaas, diretora executiva de pesquisa e parcerias da Alzheimer’s Research UK, referindo-se aos dados da Lilly divulgados nesta segunda-feira.

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