As lendas podem ter seu fundo de verdade e sempre são transmitidas de geração para geração, de forma oral. Elas, geralmente, tentam oferecer explicações para acontecimentos que não têm fundamento científico, combinam fatos com base real com aqueles irreais. Há de se considerar que uma lenda não significa uma mentira, mas também não significa uma verdade. Trata-se, portanto, de uma história inventada, que sobrevive na memória das pessoas e contagia a comunidade.
De fato, as ligações da nobreza com a cidade de Limeira eram intensa naquela época, afinal, nobres portugueses e senhores proprietários de glebas de terra dessa região mantinham estreitas relações políticas com a corte – este era o caso, por exemplo, do Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, proprietário da Fazenda Ibicaba. Portanto, a passagem real por Limeira é um fato histórico.
Nesta mesma narrativa lendária, conta-se que um dos filhos da Princesa Isabel com o Conde D’Eu exigia uma atenção especial e um apetite voraz por coxas de frango. Assim, certa ocasião, na falta de coxas de frango,
Surgia, então, a lenda da coxinha imperial criada em Limeira, quitute venerado por todos, conquistando o paladar desde o mais simples ao mais refinado.
*CAVAZIN, Nadir A.G.,História e Receitas: sabor,tradição,arte,vida e magia. Limeira:Sociedade pró Memória de Limeira, 2000, p.20