Anvisa aprovou a aplicação do imunizante Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Porém, Ministério da Saúde ainda não autorizou vacinação
A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) já se manifestou a favor da imunização para o público infantil. De acordo com a entidade, informações preliminares asseguram que a aplicação da vacina apresenta “um risco substancialmente menor” de eventos adversos, se comparado “com o risco previamente observado em adolescentes e adultos jovens após a vacinação”. O órgão foi criado em agosto deste ano para ajudar o governo a elaborar as políticas de vacinação contra a doença.
“Os benefícios são muito maiores do que os riscos, pilar central de avaliação de qualquer vacina incorporada pelos diversos programas de vacinação, seja no Brasil ou no mundo”, diz um trecho do documento.
As mortes de crianças por Covid-19 superam a média anual de óbitos por doenças circulatórias, paralisia cerebral e câncer no cérebro, algumas das principais causas de mortalidade na faixa etária de 5 a 11 anos no Brasil.
“Hoje a Covid-19 é a doença prevenível por vacinação que mais mata as crianças e adolescentes brasileiros. Se as pessoas não hesitam em se vacinar ou vacinar seus filhos contra sarampo, meningite, coqueluche, não há razão para ter dúvidas sobre a vacinação contra a Covid. As vacinas têm se mostrado de enorme segurança, com quase 10 milhões de doses aplicadas no mundo, e riscos menores até do que em adolescentes”, explica o infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, ao jornal O Globo.