O mercado de artigos para casa no Brasil apresentou um excelente desempenho no acumulado de 2024 (janeiro a julho), com crescimento significativo nos três principais pilares do setor: produção, comércio exterior e varejo, revelam os mais recentes relatórios do Termômetro ABCasa, elaborados em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado (Desempenho da Produção Artigos para Casa/julho e agosto 2024; Desempenho do Varejo de Artigos para Casa/julho e agosto 2024).
Entre janeiro e julho deste ano, a produção nacional registrou uma alta de 7,1%, enquanto o consumo interno atingiu R$ 5,7 bilhões em julho, refletindo um aumento de 10,9% no acumulado do ano. O volume produzido também apresentou crescimento significativo de 13% em comparação a junho. Esse aumento é reflexo de uma leve valorização dos preços médios, que subiram 1,79% no mês, contribuindo para uma inflação acumulada de 4,76% no setor ao longo de 2024
O varejo de artigos para casa também registrou crescimento consistente. Em julho de 2024, o setor movimentou R$ 8,7 bilhões, um aumento de 9,3% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o setor registrou um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2023.
As exportações somaram US$ 69,5 milhões em agosto de 2024, com queda de 5,1% em relação ao mês anterior, mas o acumulado do ano mostrou estabilidade, com uma leve retração de 0,8% em relação ao mesmo período de 2023. Por outro lado, as importações continuam em ritmo acelerado, registrando um total de US$ 169,3 milhões em agosto, o que representa um aumento de 30,8% no acumulado de 2024.
Os principais destinos das exportações brasileiras incluem Estados Unidos, Paraguai e México, que juntos representam 50,2% do total exportado. Ao mesmo tempo, a China consolidou sua posição como principal fornecedora de artigos para casa no Brasil, sendo responsável por 73,7%. Utensílios de mesa, tapetes, cortinas e papeis de parede lideram o volume de importações de janeiro a agosto.
Anderson Passos, diretor-executivo da ABCasa, acredita que o setor tem condições de crescer ainda mais nos próximos anos. “Os números que temos visto em 2024 reforçam o potencial e a resiliência do mercado de artigos para casa no Brasil. A valorização da produção nacional, somada à estabilidade no comércio exterior, traz um cenário otimista, mas que exige foco constante em eficiência e competitividade. Precisamos continuar incentivando a inovação, criando soluções que possam sustentar esse crescimento de forma sustentável nos próximos anos”, diz.