O Instituto Ellingham é um famoso colégio privado em Vermont. Fundado por Albert Ellingham, um milionário do início do século XX, o local é repleto de charadas e jardins, “onde aprender é um jogo.”. Porém, em 1936, logo após a abertura da escola, a esposa e a filha de Ellingham são sequestradas e a única pista digna de ser seguida é uma carta listando métodos para cometer um assassinato, assinada com o pseudônimo “Cordialmente, Cruel”. O crime se torna um dos grandes enigmas da história dos Estados Unidos e anos depois, Stevie Bell, aluna e detetive amadora, está pronta para começar seu primeiro ano no Instituto Ellingham, e tem um plano ambicioso: solucionar esse antigo caso, além de lidar com sua exigente vida escolar.

Porém, Cordialmente Cruel faz um retorno surpresa, a morte revisita a escola e o passado ressurge das cinzas. Será que Stevie e seus amigos vão conseguir desvendar a identidade do dono da assinatura?

Esta é a sinopse de “Cordialmente Cruel”, primeiro livro de uma trilogia escrita por Maureen Johnson, que foi capaz de construir um universo incrível, repleto de nuances que fogem do previsível e que me envolveram de uma forma que há muito tempo não acontecia.

Todos os personagens são bem construídos e nos instigam a saber mais sobre suas histórias de vida. Afinal, Albert Ellinghan, Stevie, Janelle, Nate e Hayes possuem histórias intrigantes, com reviravoltas que me prenderam à história e me fizeram me atentar aos detalhes descritos em cada capítulo.

Gosto também da forma como Maureen Johnson constrói o personagem de David, pois além dele ser muito misterioso e nos dar muita raiva em muitos momentos, apresenta também um lado mais humanista, o que nos faz ao mesmo tempo ter empatia por ele, fato surpreendente para quem leu o livro até o final.

A ambientação do Instituto Ellingham é um dos maiores pontos da obra. Sendo inspirada claramente por Hogwarts, famoso colégio do universo de Harry Potter, a escola de “Cordialmente Cruel” pode ser fictícia, mas é algo muito próximo de uma realidade, que é exagerada, mas também algo muito próximo de nós.

A interação entre os estudantes pode nos arrancar boas risadas, além de formar bons “shipps” que nos farão torcer muitoo além de passar um pouco de raiva.

Apesar do clima de suspense presente nas mais de 300 páginas, o livro não transmite uma atmosfera pesada. Pelo contrário, descreve os crimes de uma forma não muito carregada, isto é, sem exageros, pois foca mais na resolução dos mistérios em si, o que deixa a protagonista Stevie com um ar de Agatha Christie e de Sherlock Holmes.

Em resumo, “Cordialmente Cruel” é um prato cheio para os amantes da literatura de detetive e da boa leitura em geral, pois o clímax é surpreendentemente espetacular, com um final que te fará ler o segundo livro da trilogia o mais rápido possível. Portanto, é um ótimo livro de cabeceira.

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