Não imaginava que precisava tanto ver e ouvir novamente todos os integrantes de uma banda titânica até assistir a este reencontro. Começo este texto com essa afirmação, pois nos últimos anos é difícil de imaginar uma produção nacional deste tamanho e com esta potência reunir um mar de gente em três noites seguidas em São Paulo, além é claro de outras cidades ao redor do Brasil, com números que somados facilmente ultrapassam o público de 300 mil pessoas.
Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Liminha (representando lindamente as guitarras do saudoso Marcelo Fromer) Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Belotto. O oiteto estava mais sintonizado do que nunca e o que se ouviu em todos os shows já apresentados até agora da turnê “Titãs Encontro – Todos ao Mesmo Tempo Agora” foi algo para guardar para sempre no coração.
Um dos shows realizados em São Paulo está disponível na íntegra pelo GloboPlay e garanto que você não irá se arrepender, primeiro porque é praticamente um sucesso seguido de outro, dentro de um roteiro muito bem esquematizado, que pôde mostrar todas as fases da bandas, incluindo o tão aclamado momento acústico.
E é sobre este momento em especial que falarei agora. Uma linda surpresa destes shows está sendo a participação de Alice Fromer neste momento acústico, pois além de cantar lindamente as canções “Toda Cor” (inclusive com uma belíssima interpretação, a melhor da música até agora), “Não Vou me Adaptar” (com muita emoção) e “Ovelha Negra” (maravilhosamente representando o legado de Rita Lee), faz uma homenagem linda ao seu amado, saudoso e eterno pai, Marcelo Fromer, guitarrista da banda que nos deixou em 2001, após ser atropelado por uma moto em São Paulo.
Inclusive, respeitando todos os credos e religiões, digo com toda certeza que Marcelo estava no momento em que Alice cantou em todos os shows e confesso que lágrimas vieram aos meus olhos diante de algo tão lindo feito para representar o legado de um artista.
É inegável a qualidade musical de todos os integrantes da banda e poderia ficar aqui horas e horas descrevendo os predicados de cada um, mas para resumir, não posso deixar de citar as linhas de baixo fenomenais do Nando, grandes solos do Tony, o momento icônico do Paulo no sax e as baterias surreais do Charles. Também preciso ressaltar as grandes presenças de palco de Arnaldo Antunes (maravilhosamente único), Sérgio Britto (meu Titã favorito) e Branco Mello, que superou uma forte doença recentemente e mostrou o poder de cura que a música tem.
No último domingo (18/06), assisti pela TV a transmissão ao vivo do show feito pelos Titãs em São Paulo e constatei que eles novamente arrebentaram, ao mostrar um rock bem diverso, de momentos mais pesados/políticos, até os momentos mais leves e românticos e com muita personalidade. É um show para ficar para a história da música brasileira, pois realmente foi um encontro de titãs!
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