As imagens da protoestrela, que ainda tem um longo caminho a percorrer antes de se tornar uma estrela, foram capturadas pela câmera de luz infravermelha do telescópio
Por: CNN
O caos cósmico causado por uma estrela muito jovem foi capturado na imagem mais recente do telescópio espacial James Webb da Nasa.
A protoestrela no centro da imagem está escondida por uma nuvem escura de gás e poeira em forma de ampulheta. A linha escura no meio da ampulheta é um disco protoplanetário – gás denso e poeira que poderiam formar um planeta no futuro – do tamanho do nosso sistema solar. A luz da protoestrela se espalha acima e abaixo deste disco, de acordo com um comunicado de imprensa da Nasa.
Ela ainda tem um longo caminho a percorrer até se tornar uma estrela de pleno direito. L1527, como a protoestrela e sua nuvem são conhecidas, tem apenas cerca de 100.000 anos – um corpo celeste relativamente jovem em comparação com o nosso Sol, que tem cerca de 4,6 bilhões de anos.
As nuvens azuis e laranja na imagem marcam as cavidades criadas quando o material se afasta da protoestrela e colide com a matéria ao redor, observou o comunicado.
As cores vibrantes da nebulosa são visíveis apenas na luz infravermelha detectada pela câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do Webb. A luz infravermelha é invisível ao olho humano, tornando o Webb particularmente essencial para revelar aspectos ocultos do universo.
As áreas azuis são onde a poeira é mais fina. Quanto mais espessa a camada de poeira, menos luz azul consegue escapar, criando áreas da cor laranja.
“Choques e turbulência inibem a formação de novas estrelas, que de outra forma se formariam ao longo da nuvem. Como resultado, a protoestrela domina o espaço, levando grande parte do material para si”, de acordo com o comunicado à imprensa.
A protoestrela ainda não gera sua própria energia por meio da fusão nuclear do hidrogênio, uma característica essencial das estrelas. Sua forma – uma massa inchada de gás quente com algo entre 20% e 40% da massa do nosso Sol – também é instável.
A imagem fornece o contexto para entender como o nosso Sol e sistema solar deviam se parecer na sua infância.
O Webb, que começou a compartilhar novas perspectivas sobre o universo em julho, é uma parceria internacional entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense.