Lançado no finalzinho de janeiro deste ano, o álbum comemorativo de uma das maiores cantoras da MPB mostra um panorama de uma carreira brilhante.

Cinquenta anos de carreira não são 50 semanas, muito menos 50 dias, mas sim a história de uma vida pautada no amor à música, no respeito ao público e principalmente no talento em escolher o melhor repertório para as melhores interpretações. Esse é o resumo da trajetória de Simone, mais conhecida como a eterna cigarra, que em cinco décadas já lançou mais de 35 álbuns, entre de estúdio e ao vivos.

O álbum mais recente que ela acaba de lançar, em 31 de janeiro de 2025, marca justamente a celebração de seus 50 anos como cantora, sendo um registro da bem-sucedida turnê “Tô Voltando”, realizada no ano passado por todo o Brasil, totalizando mais de 30 apresentações.

No repertório, de 20 faixas, uma fileira de clássicos que comprovam como ela soube marcar seu lugar na história da música brasileira e latina como um todo, começando com “Tô Que Tô”, o melhor início possível, já que Simone chega mostrando ao que veio, com uma postura de empoderamento incrível e uma interpretação que já conhecemos, poderosa e com muita segurança em todas as notas.

Logo depois, é uma pedrada atrás da outra: “O Que Será (À Flor da Pele)”, “Sangrando”, “Começar de Novo”, “Cigarra” e “Jura Secreta”, grandes clássicos da MPB e que neste álbum, além de uma voz irretocável da Cigarra, traz uma excelente banda, com novos arranjos latinos e ao mesmo tempo sem deixar de manter a essência que todos já conhecem.

Há também uma participação mais do que especial da parceria Zélia Duncan em “Boca em Brasa”, “Iolanda” e “Ex-amor”, outras surpresas bem felizes como “Alma”, “Separação”, “Encontros e Despedidas” e “Sangues e Pudins”, além da excelente trinca final de samba: “Desesperar Jamais”, “Tô Voltando” e “O Amanhã”, que finalizam um grande espetáculo.

Foto: Leo Aversa

Ao terminar de ouvir este álbum, cheguei à seguinte conclusão: escutar a nossa amada Cigarra não é apenas ouvir um belo álbum, muito bem produzido, é também perceber como a música pode nos transportar para lugares mágicos e nos fortalecer de uma forma única! Disco mais do que recomendado, inclusive para as clássicas playlists de MPB.

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