Lançado no final do ano passado, o registro audiovisual de Marisa Monte para o disco Portas mostra a sua versatilidade em constante atividade.

A música popular brasileira está mais viva do que nunca, isso porque “Portas Ao Vivo” mostrou o quanto que a carreira de Marisa Monte pode se renovar e ao mesmo manter a essência que a fez ser consolidar por décadas: uma versatilidade que emociona e toca o coração!

Lançado em dezembro de 2023, o registro audiovisual do mais recente disco de estúdio de Marisa (de mesmo nome) traz um repertório muito interessante, cuja a maioria das músicas são deste álbum e trazem arranjos especialmente desenvolvidos para um grande espetáculo.

Marisa está inspiradíssima e alcança agudos impressionantes, que traçam melismas lindíssimos e enriquecem ainda mais cada melodia, pois são elevações que não ficam cansativas, pelo contrário, trazem uma paz linda para cada um que necessita aquietar seus pensamentos diante de uma rotina tão agitada.

O álbum já começa com a faixa-título, “Portas”, que em sua própria letra já mostra a intenção do show, de várias entradas e opções para mostrar a riqueza da carreira de Marisa. Também gosto muito do arranjo de “Maria de Verdade”, em especial a presença forte de instrumentos de percussão e a levada de violão, que pode encantar a todos em uma plateia.

“Vilarejo” é um clássico que mereceu estar no setlist, “Ainda Bem” traz uma força ainda maior no ao vivo e “Ainda Lembro” mostra todo o talento vocal da cantora, ainda mais do que a versão em estúdio. A junção de “Elegante Amanhecer” e “Lenda Das Sereias” casou super bem e mostrou a junção do clássico com o novo.

Por fim, também gostei muito de algumas surpresas no repertório, como “Doce Vampiro” (uma belíssima homenagem à eterna padroeira da liberdade Rita Lee), “A Lua e Eu” (excelente versão para uma grande composição de Cassiano), além de “Leãozinho”, que traz uma levada de baixo maravilhosa e uma participação bem sucedida de Jorge Drexler. Estas surpresas mostram o quanto a ecleticidade da cantora pode ser ainda melhor aproveitada.

Senti apenas falta de outros sucessos da cantora que cairiam super bem no álbum, como “Carinhoso” (uma regravação presente no disco de raridades), “Aquela Velha Canção” (do disco “O que Você Quer Saber de Verdade”) e “Balança Pema” (um clássico de Jorge Ben Jor e também grande sucesso da carreira de Marisa).

Tirando estes pontos, ter escutado “Portas Ao Vivo” foi uma experiência muito prazerosa e mostrou o quanto Marisa Monte, sempre com um conceito artístico muito bem feito, merece ser aclamada como uma das maiores artistas do Brasil.

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