Escrito por Meg Waite Clayton, a obra traz um relato ficcional, mas baseado em fatos reais, sobre um dos períodos mais difíceis da história da humanidade.

Como todos os que acompanham os meus textos há um tempo sabem, a leitura é uma das atividades mais prazerosas para mim e participar do clube do livro promovido pela atriz, cantora e escritora Sophia Abrahão tem sido uma oportunidade incrível há mais de quatro anos, para conhecer novos títulos e histórias que me façam ampliar meu repertório e vocabulário.

Pensando nisso, “O Último Trem Para Londres” é um de meus livros favoritos indicados pela artista e que, por mais que eu soubesse de seu pano de fundo, me surpreendeu pela sua emoção a cada capítulo. Escrito por Meg Waite Clayton, o livro conta as histórias de três pessoas, que se cruzam nos encontros e desencontros da Áustria, durante o início da Segunda Guerra Mundial.

Para Stephan Neuman, um adolescente de 15 anos que faz parte de uma família judia rica e influente e que sonha em serr dramaturgo ―, os nazistas não passam de valentões chatos e irritantes. Sua melhor amiga é a brilhante Žofie-Helene, uma menina cristã e filha da editora de um jornal antinazista.Porém, a inocência sem preocupações deles é abalada quando os nazistas chegam ao poder.

Há uma esperança através de Truus Wijsmuller, que participa da resistência, arrisca sua vida levando crianças judias para fora do território nazista, transportando-as para outros países. É uma missão que se torna ainda mais perigosa depois que a anexação da Áustria pela Alemanha é declarada e à medida que nações começam a fechar suas fronteiras para o crescente número de refugiados desesperados para escapar.

Truus está determinada a salvar quantas crianças puder. Quando o Reino Unido aprova uma medida para aceitar refugiados que correm risco de vida no Reich, ela se atreve a se aproximar de Adolf Eichmann, o homem que mais tarde ajudaria a desenvolver a “solução final” para a questão judaica. Logo, Truus se encontra em uma corrida contra o tempo para resgatar Stephan, Žofie-Helene e diversos outros jovens em uma perigosa jornada rumo à Inglaterra.

Este foi apenas um breve resumo de uma história repleta de nuances e que é ficcional, mas baseado em fatos reais, sobre um dos períodos mais difíceis da história da humanidade. Meg foi muito feliz na escrita de cada capítulo e principalmente na forma como ela consegue fazer a história crescer. Pelo fato de serem contadas isoladas nos primeiros capítulos, no inicio isso se torna um pouco confuso, principalmente quando queremos entender melhor a personalidade dos personagens de cada núcleo.

Porém depois de um quarto do livro, as tramas começam a se entrelaçar e ficarem ainda mais quentes, com algumas reviravoltas ao longo dos capítulos e que trazem uma descrição bem detalhada daquele cenário cruel e muito doloroso que milhares e milhares de seres humanos passaram.

É justamente por conta destes detalhes que o livro pode te fazer emocionar, principalmente nos capítulos finais, onde a história é contada em um ritmo alucinante e frenético, como se fosse aquele clímax de um filmaço.

Outro ponto bem interessante é a forma como cada capítulo é escrito, dizendo com qual personagem ele se refere e de forma bem objetiva e curta, com no máximo 6, 7 páginas de duração. Assim, a leitura fica bem dinâmica e te prende do início ao fim, dando a sensação de que ela rendeu bastante.

O final do livro deixa algumas pontas soltas e perguntas sem respostas, mas é justamente este o seu charme, pois ele deixa com que cada leitor tire sua própria conclusão, através dos sentimentos vivenciados diante de uma triste história e um relato profundo que te fará pensar. É por isso que “O Último Trem Para Londres” é para mim um livro de cabeceira.

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