A banda está em uma nova fase, revisitando os grandes sucessos da carreira.

Se me perguntarem o motivo de gostar do Capital Inicial, uma das mais bandas mais relevantes do rock nacional, diria que é porque suas músicas, muitas compostas há décadas atrás, continuam muito atuais e atravessam gerações, conquistando novas faixas de público, incluindo muito jovens, que se identificam com canções que falam desde conflitos amorosos, até discussões sociais sobre o Brasil.

Pensando nisso, recebi com bons olhos o projeto 4.0, criado para celebrar os 40 anos do grupo, surgido a partir do Aborto Elétrico, conjunto que tinha como líder o mestre Renato Russo. Gravado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e com produção musical de Dudu Marote, direção artística de Batman Zavareze e projeto de iluminação de Cesio Lima, o álbum e DVD traz um foco em músicas lançadas em seu grande divisor de águas, o “Acústico MTV” em 2000, e isso pode gerar um certo estranhamento no início para quem desejava sucessos de outras fases do Capital.

Porém, isso logo pode ser superado ao se escutar a somzera que Dinho Ouro Preto, Flávio Lemos, Fe Lemos, Yves Passarell, Robledo Silva e Fabiano Carelli, com muita personalidade, alguns arranjos mais românticos e principalmente muito Rock And Roll. Interessante também foram os convidados que a banda chamou para cantar algumas músicas no projeto: Ana Gabriela, Carlinhos Brown, Pitty, Samuel Rosa, Vitor Kley e Marina Sena

Marina Sena trouxe um novo frescor à música Natasha

Muito se criticou sobre a participação de Marina neste álbum, mas acredito que isso se deve à puro conservadorismo de quem só se prende ao passado, além do machismo enraizado em sociedade. Além dela ter cantado brilhantemente bem, trouxe um novo frescor ao clássico Natasha e este hino pôde ser apresentado para muitos jovens, fãs da cantora. Recomendo inclusive escutarem esta versão, ficou muito boa.

Além disso, gosto muito da interpretação de Ana Gabriela para “Fogo”, que deu um tom mais dramático, além da participação de Samuel Rosa, que toma conta de todo palco que sobe. Também me chamou a atenção a participação de Vitor Kley em “Primeiros Erros” e outras cinco músicas adicionais da gravação deste show serão lançadas em novembro, nas principais plataformas digitais.

Capital Inicial traz um álbum ao vivo que pode agradar várias camadas de fãs.

Por fim, digo que minha avaliação para o álbum “Capital Inicial 4.0” é muito positiva. Apesar de achar que faltaram alguns outros sucessos, é uma perfeita escolha para quem quer curtir o bom e velho rock nacional e conhecer uma banda que se mantém às suas origens, sem deixar de ser moderna.

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